"O artista é o viajante feliz que, após ter longamente navegado sobre as águas da dúvida, nas trevas do esforço, pode, enfim, bradar: terra!"

(Mikel Dufrenne)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A antítese do ser



Não me reconheço.
Não sou o mesmo.
Antes era um,
Agora outro.
Quem sou?
Não sei.
Tudo mudou.
Um calmo, esperançoso,
Simples,
Mas, ignorante, egoísta,
Buscava o topo dos sonhos.
Não sei o que aconteceu.
Será que foram as Letras,
O excesso de tudo?
O mundo novo?
Talvez foi a sensação?
Não entendo.
Perguntas? Respostas?
Procuro e não acho.
Mas, agora o outro atual
Elegante, pensante
Amante e diferente.
Busca um porquê.
No sei do quê.
Para quê?
Sente o vazio
E o completo.
O que acontece?
Especialistas também não entendem.
A dupla personalidade:
Uma humana animal
A outra humana racional.
Assim, como o meu vazio completo
São meus versos
Podem dizer o tudo ou o nada.
Assim é minha poesia
Complexa,
Simples.
Quem entende?
Sei lá.

(Alex Moretto)

Um comentário:

Yasmin disse...

Nossa Alex, adorei a poesia. Muito próxima do homem comtemporâneo. Acho que todos nos sentimos assim em algum momento. Expressou-se muito bem. Adorei mesmo.Abraços.