Um poeta é um rouxinol que na escuridão canta a sua própria soledade com doces gorjeios; os seus ouvintes são como homens fascinados pela melodia de um músico, que não se vê, e que sente que eles se comovem e enternecem, sem contudo saberem como ou porquê.
*
A poesia tudo conduz para o belo: exalta a beleza do que é mais belo e acrescenta beleza à mais deformada das coisas; casa o júbilo e o horror, a pena e o prazer, o eterno e o mutável; submete à união, sob o seu brando jugo, todas as coisas irreconciliáveis. Transmuta tudo quanto toca [...]
Nenhum comentário:
Postar um comentário